Chico Vigilante anuncia que votará em favor da Escola Superior de Ciências da Saúde

Imagem: Mardonio Vieira

O líder do Partido dos Trabalhadores, deputado Chico Vigilante, anunciou que vai votar favoravelmente pela regularização da jornada de trabalho dos médicos que atuam como professores na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS).

A intenção do voto foi declarada na sessão plenária desta quarta-feira (18) e o PL 1.992/2018 será apreciado amanhã, pela Câmara Legislativa.

Na Tribuna, Chico afirmou ter muita esperança de que os estudantes da ESCS serão profissionais preocupados mais com a qualidade da saúde da população do que com as questões financeiras.

“É o que nos move a aprovar esse projeto para proporcionar um pouco mais de tranquilidade, para que as aulas continuem existindo e que vocês possam terminar o curso, o que é muito importante para todos nós”, discursou o distrital.

O deputado ressaltou a importância de instituições públicas de ensino superior de saúde na formação de estudantes moradoras das cidades mais distantes. “Acredito que jamais um morador das cidades satélites conseguiria entrar em uma escola de ensino superior de saúde se não fosse em escola pública”, afirmou.

O parlamentar também defendeu que “fortalecer a ESCS é um compromisso de todos”, sem envolver cor partidária, e que sirva como protótipo para uma universidade distrital, como as existentes em diversos Estados brasileiros. “A valorização da Faculdade da ESCS é o caminho para que tenhamos a Universidade Pública do Distrito Federal”, propôs.

A decisão de Michel Temer de proibir a abertura de novos cursos de medicina no Brasil, também, teve espaço para crítica no discurso de Chico Vigilante. Na avaliação do líder petista, a proibição acarreta na procura de estudantes brasileiros por cursos de ciências da saúde em países da América Latina, como a Bolívia.

Manifestação – No início da tarde, um grupo de alunos realizou manifestação em frente à Câmara Legislativa para sensibilizar os deputados distritais para a votação urgente da proposta.

De acordo com representantes dos estudantes da ESCS, o projeto visa regularizar a carga horária dos professores, que foi questionada pela Justiça. Segundo eles, caso a decisão não seja modificada, as faculdades de Medicina e Enfermagem correm o risco de serem fechadas devido à falta de professores, afetando diretamente mais de mil alunos.

O distrital também parabenizou os estudantes da ESCS por afixarem nas galerias da Câmara Legislativa uma faixa em defesa da valorização do Sistema Único de Saúde. “O Sistema Único de Saúde é a única possibilidade que a camada baixa da sociedade tem de ser atendida”, afirmou.

Proibição – Na semana passada, o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) decidiu proibir os profissionais da área terem carga horária de trabalho maior que 12 horas. A determinação, que também obriga intervalo entre as jornadas superior a 11 horas, entrará em vigor em 1º de junho.