Chico Vigilante reafirma que votará contra ampliação do IHB

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) reafirmou que votará contra o projeto do Governador Ibaneis que pretende alterar a nomenclatura e expandir o modelo de gestão do Instituto Hospital de Base do Distrito Federal (IHB). A afirmação foi feita na noite desta terça-feira (22) em plenária organizada pelo Sindicato dos Enfermeiros e diversos sindicatos de categorias da saúde.

“Não vou apoiar esse projeto. Porque esse texto foi pensado no Ministério da Saúde e espalhado por todo o Brasil para acabar com o Sistema Único de Saúde”, afirmou Chico.

Nesse novo texto, o Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), Hospital de Taguatinga e de Santa Maria, além das seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), adotarão modelo de gestão igual ao do IHBDF.

“Eles reduziram o tamanho do texto. Não quer dizer, que o que era nocivo saiu. Reduziram a uma página, mas a nocividade é a mesma. Eles enfeitaram esse projeto, mas o que está valendo é a regra do Instituto Hospital de Base”, afirmou.

O deputado avalia que ampliar a lei do IHBDF para mais hospitais é nocivo porque a força de trabalho para compor o novo instituto não precisará passar por seleção, ao contrário, poderão ser contratadas empresas terceirizadas para provimento de mão-de-obra.

Chico denunciou que a Radiologia do Hospital de Base, antes considerada referência, agora, com o instituto, foi terceirizada para uma empresa de Goiânia. Comenta-se que o sócio da empresa é o ex-presidente do IHBDF.

“Esse projeto é para plantar corrupção. Esse projeto é para sucatear a saúde pública. Esse projeto é para acabar com os servidores”, afirmou.

O deputado também informou que tentará a retirada de pauta do projeto na próxima quinta-feira. De acordo com Chico Vigilante, para que possa ser avaliado pelos distritais, o projeto deve, primeiramente, ser aprovado pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal, que tem a função de deliberar, fiscalizar, acompanhar e monitorar as políticas públicas de saúde.

“Esse projeto não tem remendo. A única saída é o governador retirar essa porcaria. Tem que retirar o projeto, chamar os sindicatos, chamar o Conselho de Saúde para discutir uma proposta que resolva a questão da saúde do Distrito Federal”, finalizou.

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