Com Centro Administrativo fechado, GDF dobra despesas com aluguéis

Enquanto o novo Centro Administrativo do GDF continua fechado, o governo tem aumentado seus gastos com aluguéis para abrigar os órgãos da estrutura. Um estudo realizado pelo deputado distrital Chico Vigilante (PT) aponta um crescimento de mais de 100% nas despesas com locação de imóveis nos últimos quatro anos.

Apenas em 2015, o GDF gastou R$ 62,6 milhões com alugueis de salas. Atualmente, parte desses valores sofrem atrasos no pagamento, enquanto o Centro Administrativo se mantém vazio.

A mudança para o novo prédio ajudaria o governo a economizar. Segundo o contrato feito por meio de Parceria Público Privada (PPP), ao final de 25 anos, o complexo de prédios passará para o GDF.

O contrato assinado com as empresas responsáveis pela construção prevê uma contrapartida de R$ 25 milhões por mês, a partir da ocupação dos imóveis.

Vigilante avalia que já é hora de o governador Rodrigo Rollemberg tomar posição e ocupar o espaço destinado para ser a nova sede do governo. Além da economia com aluguel, evitaria a deterioração prédio que está sem conservação.

“Enquanto Rollemberg reclama de falta de dinheiro, gasta desnecessariamente milhões com alugueis de salas. O centro administrativo está em perfeitas condições para ser ocupado”, avaliou o distrital.

Entenda

Quando o então governador Agnelo Queiroz inaugurou o Centro, em 31 de dezembro de 2014, último dia do seu mandato, a expectativa da Secretaria de Estado de Gestão Administrativa e Desburocratização é que o espaço traria uma economia ao governo de R$ 114 milhões ao ano.

A redução seria possível com a diminuição com os custos de aluguel, telefone, energia, combustível, manutenção predial e de informática, segurança e locação de espaço para eventos.

Apesar disso, passados 17 meses, os imóveis construídos em Taguatinga, ao lado do Estádio Serejão, continuam abandonados.