Decreto do governador para reduzir contratos do GDF é a certeza de demissões de trabalhadores terceirizados

Na manhã desta quinta-feira, os meios de comunicação de Brasília noticiaram a ordem do Governador Ibaneis Rocha (MDB) de reduzir ou extinguir os contratos celebrados com o GDF para gerar economia nos cofres públicos.

O decreto, que deve ser publicado hoje, estabelece prazo de até 90 dias para que as secretarias, órgãos da administração direta, autárquica e fundacional, bem como as estatais, façam as adequações e informem à Secretaria de Planejamento um relatório com a comprovação das alterações.

É um absurdo.

Uma coisa precisa ficar clara: redução de contratos de serviços terceirizados não significa a redução dos custos, mas, sim, de trabalhadores.

E isso para serviços de contratos que já estão sendo executados de forma bastante reduzida, como no Metrô, na Secretaria de Saúde e no SLU, bem como na CEB, em que a diretoria do órgão cortou drasticamente o número de postos de vigilância.

São milhares de trabalhadores que estão com os empregos ameaçados. Eu me questiono: aonde mais virão essas reduções? Será demissão em massa à vista.

É o que sempre falei no decorrer da campanha eleitoral do ano passado: voto tem consequências e, agora, os efeitos estão chegando.

Não podemos tolerar, sob hipótese alguma, esse absurdo promovido pelo secretário da Fazenda. Defendo, inclusive, se for necessário, a paralisação das atividades terceirizadas como forma de defesa dos empregos.

Também vou propor no âmbito da Câmara Legislativa, na volta dos trabalhos, um Decreto Legislativo para anular esse decreto absurdo do Governador Ibaneis.

Da mesma forma, os sindicatos representativos da classe trabalhadora no Distrito Federal devem se posicionar, de maneira imediata e de forma conjunta.

Aos trabalhadores terceirizados, que estão angustiados nesse momento, fica a minha solidariedade e compromisso de lutar, com todas as minhas forças, para impedir essa insanidade, essa covardia trazida à tona pelo governo.

Brasília, 10 de janeiro de 2019

Chico Vigilante, deputado distrital (PT)