Dia do Trabalhador no Clube dos Vigilantes: confraternização e muita reflexão

O Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal realizou, neste domingo (1º), ato de reabertura do Clube dos Vigilantes, que estava fechado há mais de dois anos para reformas, mas também de reflexão sobre o Dia do Trabalhador. Num evento que reuniu muitos profissionais da categoria, marcado por encontros de famílias, a programação envolveu desde esportes a brincadeiras para as crianças, mas também alertas sobre o momento pelo qual passa o país e também de agradecimentos pela luta do sindicato ao longo de sua existência.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT), um dos fundadores do sindicato, destacou a importância da data. “Essa reinauguração do nosso clube é motivo de festa para nós, mas é importante termos em mente o motivo pelo qual existe o 1º de Maio. É o dia do trabalhador, que o patronato insiste em chamar de dia do Trabalho e só existe porque em 1888, nos Estados Unidos, pessoas que trabalhavam até 18horas por dia resolveram dar um grito de liberdade e fizeram uma greve. E nessa greve foram trucidados”, contou.

O parlamentar lembrou que as ações contra os trabalhadores se repetem até hoje no mundo inteiro, embora em outros moldes. “Uma companheira, por exemplo, me chamou há pouco para agradecer e dizer que se não fosse o sindicato ela e o marido não estariam aqui, porque no auge da pandemia a empresa queria demiti-lo. O sindicato foi à luta e conseguiu restabelecer os seus direitos. Por isso que digo: mais do que comemoração, hoje é um dia de união e lembrança das batalhas que temos pela frente”, frisou.

Aposentadoria especial – Chico Vigilante destacou que a categoria conta hoje com um problema sério a ser resolvido, referente ao reconhecimento da aposentadoria especial para os vigilantes. A questão já tinha sido aprovada em ações julgadas pela Justiça Federal em várias varas do país e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu todos os processos sobre o tema e vai julgar o caso de uma vez por todas – o que terminou atrasando a tramitação.

“Precisamos conseguir essa aposentadoria especial que é justa e um direito nosso. Da mesma forma, precisamos trocar este ano a presidência da República, para voltar a ter um governo que respeite os trabalhadores”, enfatizou.
O deputado também homenageou companheiros que, assim como ele, ajudaram a criar o sindicato em 1979. “Tivemos a coragem de levantar a cabeça e fazer a primeira greve de vigilantes do Brasil e hoje somos uma das categorias mais respeitadas do país”, contou.