Dissídio coletivo será julgado na terça-feira, 4 de setembro

Uma informação importante para os vigilantes do Distrito Federal. Na próxima terça-feira, 4 de setembro, será o julgamento do dissídio coletivo dos vigilantes pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. A sessão está marcada para se iniciar às 14h, na sede da corte, localizada no Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Bloco “D”, Praça dos Tribunais Superiores.

A informação foi dada, há pouco, pelo deputado Chico Vigilante (PT) que demonstra confiança na vitória da categoria.

“Graças a Deus, essa pendenga será resolvida. É muito importante o comparecimento para esse momento histórico. Espero que o Tribunal Regional do Trabalho faça justiça para esses empresários, que não têm escrúpulo e só querem explorar os trabalhadores, aprenderem que com a Justiça não se brinca”, afirmou o deputado.

Chico Vigilante avalia que os empresários já deveriam ter assinado o acordo coletivo dos vigilantes evitando entrar em dissídio na Justiça. “Tentaram protelar de todo jeito, queriam protelar mais uma vez, mas não conseguiram a protelação”, avaliou.

Na semana passada, os advogados dos patrões tentaram, com uma chicana processual, adiar o julgamento do processo do Dissídio Coletivo impetrando um pedido de prova pericial e dilação probatória dos documentos apresentados pelo Sindicato dos Vigilantes.

Para a frustração do sindicato patronal, o juiz do Trabalho convocado para julgar o dissídio, Antonio Umberto de Souza Junior, indeferiu a solicitação dos patrões e declarou encerrada a fase de instrução do processo.

Em 19 de junho, a presidente do TRT, desembargadora Maria Regina Guimarães, determinou ir a julgamento o Dissídio Coletivo após fracassadas tentativas de conciliação entre o sindicato dos Vigilantes e os patrões.

A indefinição quanto à Campanha Salarial de 2018 se arrasta há meses. O sindicato patronal sempre insistiu em cláusulas que significam a implantação da reforma trabalhista na convenção coletiva. O Sindicato dos Vigilantes não abre mão dos direitos dos trabalhadores.

Negociações – Desde outubro do ano passado, o Sindesv tenta, sem sucesso, aprovar a norma coletiva de 2018. Agora em agosto, completam-se sete meses de indefinição.

Os trabalhadores reivindicam a manutenção da sentença normativa de 2017, um reajuste de 3,1% na remuneração, reajuste de 6,8% no auxílio alimentação, manutenção do plano de saúde e abono dos dias parados da greve de fevereiro.

Greve – Entre os meses de fevereiro e março, os vigilantes permaneceram em greve por 12 dias. Mesmo com a paralisação, os empresários não se dispuseram a negociar. No dia 12 de março, a categoria suspendeu a greve a partir da promessa de retomada das negociações sob a intermediação da própria presidente do TRT, Maria Regina Machado Guimarães.