PESADELO DOS BRASILIENSES, O CARTEL ESTÁ DE VOLTA

Com a chegada dos golpistas ao poder, o consumidor brasiliense voltou a sofrer com o pesadelo dos preços altos dos combustíveis e com a falta de concorrência entre os postos no Distrito Federal. É o cartel voltando a se articular em Brasília após pouco mais de um ano da quebra da atividade criminosa?

Basta percorrer a cidade para verificar que somente alguns poucos postos estão vendendo gasolina com preços mais baixos na casa dos R$ 3,89 pelo litro da gasolina comum. Fora esses, há dezenas praticando o preço na média de R$ 4,29 o litro do combustível constituindo um claro padrão.

Há menos de um ano, em junho de 2017, o consumidor brasiliense encontrava a gasolina a R$ 2,99 nos postos de combustível. De lá para cá, o governo Temer adotou a mais danosa política de preços para os combustíveis já feita na história brasileira.

“Esse é o resultado da política econômica desastrada da quadrilha que se instalou no Palácio do Planalto para saquear a população brasileira, em especial, os trabalhadores, e a classe média”, dispara o deputado distrital Chico Vigilante (PT), que há quatorze anos combate o cartel dos combustíveis em Brasília.

Em julho do ano passado, a Petrobras determinou o alinhamento do preço dos combustíveis no Brasil de acordo com o mercado internacional. Isso significa que a estatal brasileira pode realizar aumentos dos combustíveis diários, caso ache necessário. Com isso, em apenas um dia após a adoção desta política, o preço da gasolina no DF subiu em 1 real.

“Ainda mais em uma cidade com malha de transportes precária, com tarifas caras e correndo o risco de viadutos desabarem pelo caminho”, aponta Chico.

O deputado questiona o sumiço dos batedores de panela que, na época da presidenta Dilma Rousseff, foram às ruas protestarem pelo reajuste da gasolina.

Em março de 2015, mês do primeiro panelaço contra a presidenta da República, no DF o litro da gasolina comum era encontrado a R$ 3,49. Hoje, com a gasolina custando R$1 a mais, não vemos mais tanta indignação.

“Onde estariam agora os paneleiros já que o preço da gasolina está galopando rapidamente para perto dos R$ 5?”, questiona.

Combate – Para o combate à combinação criminosa dos preços dos combustíveis, Chico Vigilante pede liberdade de ação para a Polícia Federal e para o CADE no avanço das investigações.
O deputado também apela para a promotoria de defesa do consumidor. “Está na hora de cumprir o seu papel. A população do Distrito Federal não suporta mais esse roubo”, apela.

O distrital alerta para a necessidade do povo brasiliense se manter alerta frente aos constantes aumentos do valor da gasolina e demais combustíveis. Para ele, tão importante quanto pesquisar o melhor preço, é a população se manifestar contra os abusivos valores praticados no DF.

“Eu continuarei a denunciar os aumentos abusivos dos preços dos combustíveis, mas também é necessário que a população estabeleça uma posição fortemente contrária a esse roubo diário que sofremos”, conclui.