Servidores dizem não à privatização da saúde

Em defesa do SUS, servidores da saúde realizaram, na manhã desta terça-feira (2), um grande ato em frente à Upa de Ceilândia, contra a implantação das Organizações Sociais (OS’s) na rede pública.

O ato foi organizado por todos os sindicatos representativos das diversas categorias da saúde, e contou com a participação de enfermeiros, técnicos em enfermagem, médicos e representantes da sociedade civil.

Os organizadores escolheram como palco da manifestação a Upa de Ceilândia por ser o local em que o governador Rodrigo Rollemberg (PSB) prometeu iniciar a privatização da saúde do DF.

O deputado distrital Chico Vigilante (PT) participou ativamente da manifestação, e reafirmou o compromisso em lutar contra a implantação da OS’s na Câmara Legislativa.

Vou trabalhar para que este malfadado projeto das organizações sociais seja derrotado. Nos outros estados onde as OS’s foram implantadas, deixaram um rastro de corrupção e não atenderam às necessidades da população, disse Vigilante.

O diretor do Sindicado do Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do DF (Sindate-DF), Jorge Viana, destacou que o ato foi uma forma de oficializar para o governador a posição dos servidores e da população do DF contra a implantação das OSs, uma vez que eles não foram ouvidos.

“O governador está dizendo que a marca do governo dele é o diálogo, mas ele não ouviu os trabalhadores e nem a população sobre a implantação das OS’s. Estamos aqui para dizer que somos contra a privatização da saúde”, enfatizou Viana.WhatsApp Image 2016-08-02 at 11.09.56

Durante toda manhã, trabalhadores e representantes da sociedade civil revezaram as suas falas contrárias à privatização.

“É necessário que o governo invista na saúde pública de qualidade. Atualmente a rede está sofrendo com o sucateamento”, disse o diretor do Sindicato dos Enfermeiros do DF, Jorge Henrique de Souza.

“A gente luta por uma saúde pública de qualidade. Privatizar não vai resolver os sérios problemas que a rede enfrenta”, destacou a representante do movimento “Por uma Ceilândia Melhor”, Kely Grigório.