Sessão na CLDF celebra o Dia Internacional de Luta Pela Terra

Evento também celebra os 24 anos do MST DF/Entorno

Na próxima segunda-feira, 24 de abril, a Câmara Legislativa realizará uma sessão solene em celebração ao Dia Internacional de Luta pela Terra e pelos 24 anos do MST DF/Entorno. O evento é de iniciativa do líder do PT na Câmara, deputado distrital Chico Vigilante (PT).

“É preciso que a sociedade brasileira conheça quem são os Sem-Terra, que produzem alimentos de qualidade e sem agrotóxicos. São trabalhadores que têm a vocação agrícola, vêm para a terra e produzem o alimento dos brasileiros”, destaca o distrital.

No dia 17 de abril de 1996, uma ação da Polícia Militar do Pará, na BR-155, em Eldorado do Carajás, assassinou 21 camponeses e expôs para todo o país a questão da violência no campo contra aqueles que lutam pela Reforma Agrária.

Até hoje, ainda há participantes do massacre que não foram punidos. Em memória destes companheiros mortos, é realizado todos os anos o “abril vermelho” e, desde 2002, no dia 17 de abril, é celebrado o Dia Internacional de Luta pela Terra.

Durante todo o mês de abril, o MST realiza jornadas de lutas com ocupações, marchas e atos pelo país inteiro, para pressionar o governo a priorizar a pauta da Reforma Agrária e honrar a memória daqueles que perderam suas vidas na luta pela terra.

Agricultura familiar – os agricultores familiares e assentados da reforma agrária são os dois principais grupos responsáveis pelo aumento da produção de alimentos orgânicos no Brasil. O poderio dessa produção leva à marca impressionante de que 70% dos alimentos consumidos no Brasil são oriundos da agricultura familiar.

Além disso, agricultores familiares e assentados da reforma agrária são os dois principais grupos responsáveis pelo aumento da produção de alimentos orgânicos no Brasil.

Isso tudo, é o resultado das lutas ao longo dos anos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), apresentando alimentos saudáveis para os brasileiros, e se tornando o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, por exemplo.

Educação – Para o MST, a educação é prioridade e tem caráter fundamental para entender a conjuntura política econômica e social. Desde a sua criação, o movimento construiu mais de 2 mil escolas públicas em assentamentos e acampamentos, garantindo o acesso à educação para 200 mil crianças, adolescentes, jovens e adultos. Os números são impressionantes: 50 mil adultos alfabetizados, 2 mil estudantes em cursos técnicos e superiores, e mais de 100 cursos de graduação em parceria com universidades públicas por todo o país.

A sessão solene contará com a presença de dirigentes de várias frentes de movimentos sociais que militam em defesa da reforma agrária, como a Associação Brasileira de Reforma Agrária, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do DF (Fetraf).