Vigilante debate OSs com alunos na UnB de Ceilândia

Professores e estudantes do curso de Saúde Coletiva da UnB, Campus Ceilândia, convidaram o deputado distrital Chico Vigilante (PT) para debater a gestão de políticas públicas na saúde. Intitulado PicNic da Saúde Coletiva, o projeto de extensão tem como principal objetivo debater com os convidados, representantes da sociedade civil e do estado, temas de interesse do curso.

No debate desta quarta-feira (29), a instalação das Organizações Sociais na saúde do DF tomou conta das discussões, uma vez que o poder executivo enviou para ser votado na Câmara Legislativa o projeto de lei para contratá-las para gerir o setor.
Vigilante reafirmou sua posição contra a entrada das OSs na saúde e defendeu que o poder público tem que encontrar alternativas a fim de priorizar o atendimento primário. “O estado tem que apostar em medidas que cuide das pessoas, antes que elas adoeçam e, assim, evitar a superlotação nos hospitais”, sugeriu.

A saúde pública tem de ser prestada pelo próprio Poder Público e não por instituições privadas, ainda que se apresentem sob o rótulo de serem sem fins lucrativos, enfatizou Vigilante

A estudante de Farmácia, Larissa Alencar Rodrigues, também é contra a instalação das organizações. No bate papo, ela defendeu a união da sociedade para barrar a medida e argumentou sobre a importância do diálogo com Vigilante sobre saúde pública no DF.

f6fcb9c1-206b-460d-ae47-ee91f62f2e75“É muito importante ter um parlamentar para gente entender como o projeto tramita dentro da Câmara Legislativa. Perceber o que ainda pode ser feito para ele ser barrado e compreender, inclusive, que só vamos impedir por meio de muita pressão popular e organização”, enfatizou.

“Temos que lutar para barrar uma coisa que vai ser tão prejudicial para todas as pessoas e para o Sistema Único de Saúde”, completou a estudante.

Já professora do curso de saúde coletiva e idealizadora do PicNic, Sílvia Badim, destacou que o projeto busca debater temas relacionados à saúde com grande relevância social. “A gente quer partilhar as particularidades das pessoas com o convidado, que vai discutir não em cima de um palanque, mas sentado no chão como todo mundo”, disse.

Sobre as Oss, a professora foi categórica: “Elas não melhoram o Sistema Único de Saúde”, disse.

O grupo também debateu temas sobre a política e a economia brasileira.