Vigilante sai em defesa de merendeiras ameaçadas

Como mais uma tentativa de evitar demissão de trabalhadores, o deputado distrital Chico Vigilante (PT)  participou, na noite desta quinta-feira (28), de uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores de Terceirizados (SindiServiços) e os secretários da Casa Civil e da Educação, Sérgio Sampaio e Júlio Gregórios. O parlamentar e a presidenta do Sindicato, Maria Izabel Caetano, levaram aos secretários uma grave denúncia de descumprimento de acordo coletivo e práticas de arbitrariedades por parte da empresa Planalto, que presta serviço para a Secretaria de Educação do GDF.

De acordo com o sindicato, a empresa está demitindo algumas merendeiras como punição por elas terem entrado em greve ao reivindicar o pagamento do 13º salário. A lei prevê que o benefício deverá ser pago até o dia 20 de dezembro. Passados quatros meses, a empresa não cumpriu as normas vigentes.

A empresa pretende demitir as 60 trabalhadoras que aderiram ao movimento grevista.  Destas, cinco já foram desligadas dos seus postos de trabalho. “Todos os meses a empresa atrasa o ticket de alimentação e o vale transporte, sob a alegação de que o GDF não estaria pagando o contrato. Já estamos no mês de abril e ainda não pagaram o 13° salário as trabalhadoras”, contou Izabel Caetano.

O secretário Júlio Gregório relatou que a Planalto está com os pagamentos dos anos 2015 e 2016 em dia.  A Secretaria está fazendo a repactuação do pagamento atrasado de 2014.  Gregório se comprometeu em verificar com a empresa a possibilidade de recontratar as trabalhadoras que foram demitidas.

Vigilante lembrou que, ainda que o GDF tivesse atrasado o repasse, a empresa ao assinar um contrato, deve ter capital de giro suficiente para assegurar os salários por até 90 dias. “Esta empresa não cumpre a lei e está com encargos sociais atrasados. É um verdadeiro absurdo entrar o mês de abril sem pagar o 13º e ainda ameaçar as trabalhadoras que reivindicaram direitos”, protestou o parlamentar.

“Espero que a secretaria tome providências contra essa empresa”, completou.