VIGILANTES SUSPENDEM GREVE

TRT inicia negociação entre as partes nesta terça-feira

A greve dos vigilantes do Distrito Federal está suspensa. Em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (12), a categoria decidiu suspender, com efeito imediato, a paralisação a partir da promessa de retomada das negociações sob a intermediação da presidente em exercício do TRT, Maria Regina Machado Guimarães. Ainda nesta noite, os vigilantes já retornam aos postos de serviço.

A decisão da categoria atende a uma proposta da magistrada que se comprometeu a coordenar as negociações, com a participação do Ministério Público do Trabalho, desde que a greve dos vigilantes fosse suspensa imediatamente e as empresas também suspendessem o processamento dos descontos dos dias parados até dia 19 de março.

“Em troca da reabertura das negociações e da confiança no Tribunal Regional do Trabalho, os vigilantes decidiram suspender a greve para acompanhar o processo de negociação. Nós, da categoria, faremos de tudo para que essa negociação gere frutos e saiamos vitoriosos”, comentou o deputado Chico Vigilante (PT), na saída da assembleia.

Em audiência nesta manhã no TRT, o Sindicato dos Vigilantes relatou que está em greve desde o dia 1º de março, a qual inclui a repetição das cláusulas constantes na sentença normativa de 2017, reajuste salarial de 3,1%, bem como aumento do ticket alimentação em 6,8%, mais abono dos dias parados e nenhuma punição ao trabalhador que aderiu ao movimento grevista.

Uma nova audiência de conciliação foi marcada para acontecer nesta terça-feira (13), às 9h, na sala reuniões do Tribunal. Caso não haja acordo, as partes já concordaram com o ajuizamento de dissídio coletivo de natureza econômica, pelo Sindicato das Empresas de Vigilância (SINDESP-DF).

O presidente do Sindesv, Paulo Quadros, congratulou os vigilantes que permaneceram em mobilização durante as quase duas semanas do movimento. “Quero parabenizar aos trabalhadores guerreiros de luta que ficaram treze dias mobilizados para que fosse mantida na convenção coletiva causas históricas e para não deixar que fosse inserida a reforma trabalhista”, disse.

Ainda nesta segunda-feira, o deputado e membros da diretoria do Sindicato se reuniram com o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, e estão tentando marcar uma audiência com o Governador Rodrigo Rollemberg.

Negociações – Após muitas rodadas de negociação e sem chegar a um acordo em várias cláusulas importantes na garantia de direitos e conquistas da categoria, o sindicato solicitou intermediação do Ministério Público do Trabalho para solução do impasse.

Foram realizadas uma série de audiências individuais e coletivas com a participação de cada um dos sindicatos. Na noite do dia 28 de fevereiro, cansados de esperar por uma proposta justa por parte dos patrões, os vigilantes decretaram a greve que perdurou por 13 dias.